Castelo Branco: TRIURBIR dinamiza desenvolvimento económico com projetos transfronteiriços

Cáceres assumiu, a 1 de julho, a presidência do TRIURBIR — Triângulo Urbano Ibérico Raiano — sucedendo a Plasencia na liderança desta rede de cooperação que integra também os municípios de Castelo Branco e Portalegre. A reunião do Conselho Executivo decorreu em Cáceres e contou com a presença de representantes dos quatro municípios, incluindo o presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, a vereadora Patrícia Coelho e Susana Farinha, chefe da Divisão de Desenvolvimento Económico, Inovação e Promoção Territorial.

Durante o mandato de Cáceres, estão previstos dois grandes eventos empresariais transfronteiriços. O primeiro terá lugar no outono de 2025, em Castelo Branco, e o segundo na primavera de 2026, em Cáceres. Estas iniciativas visam reforçar os laços entre empresários da região raiana, promovendo o investimento e a criação de dinâmicas económicas nos dois lados da fronteira.

Foi igualmente aprovado um orçamento de 350 mil euros, destinado à realização de atividades conjuntas nas áreas do turismo, desporto, gastronomia, natureza e património religioso. O objetivo é aumentar a visibilidade dos quatro territórios através de um plano de ações concertado.

Em destaque esteve também o projeto CULMET — Rede Cultural de Municípios Espirituais Transfronteiriços —, cuja candidatura a fundos europeus POCTEP já se encontra em preparação. Este projeto envolve um investimento global próximo dos três milhões de euros e abrange as dioceses de Coria-Cáceres, Plasencia e Portalegre-Castelo Branco. No terreno, prevê-se a criação de um centro de acolhimento de peregrinos em Castelo Branco, a requalificação da Ermida de São Vito em Cáceres, a regeneração do cemitério judaico de Plasencia como recurso turístico e a recuperação da Quinta da Saúde, em Portalegre.

Durante o encontro foi também reiterado o apelo ao Governo português para a construção do IC31 com perfil de autoestrada, ligando Monfortinho à Extremadura espanhola. Esta infraestrutura é considerada estratégica para a mobilidade, turismo e desenvolvimento empresarial da região.