O presidente da Junta de Freguesia de Castelo Branco, José Dias Pires, manifestou o seu apoio ao artesão Jorge Batista, cuja oficina enfrenta incertezas quanto à continuidade do espaço onde exerce a sua atividade. Em entrevista, o autarca sublinhou a importância cultural e comunitária do trabalho desenvolvido por Batista, considerando-o “um património importantíssimo” da cidade.
“Conheço o Jorge Batista praticamente desde que nasceu”, afirmou o presidente, recordando que o viu crescer “na oficina do seu pai”, localizada no mesmo espaço onde ainda hoje trabalha. Segundo José Dias Pires, o artesão representa uma herança viva da tradição local: “A evolução técnica e o trabalho do Jorge justificam o seu reconhecimento como um valor da nossa comunidade.”
O presidente destacou ainda que o ofício de Jorge Batista, centrado na recuperação e restauro de móveis, está profundamente ligado à memória histórica e ao conhecimento artesanal do bairro e da cidade. “O que ele faz pode ser realizado noutro lugar, é verdade, mas o que o Jorge representa vai muito além disso. Ele é uma mais-valia pelo seu saber e pelo contributo à identidade comunitária.”
Questionado sobre o papel da Junta de Freguesia na resolução da situação, José Dias Pires afirmou que, caso o órgão dispusesse de um espaço próprio, “já seria infinito” o apoio que poderia conceder. No entanto, revelou estar em articulação com a Câmara Municipal para encontrar um novo local onde o artesão possa continuar o seu trabalho, preferencialmente “na zona histórica da cidade”, próxima do atual ateliê.
O autarca confirmou ainda o conhecimento da existência de uma petição pública em defesa da permanência de Jorge Batista, à qual se juntou como subscritor. “O importante não é fazer pressão, é reconhecer o valor do trabalho que o Jorge desenvolve e garantir que tenha continuidade, sobretudo no bairro do Castelo, onde sempre fez parte da vida da comunidade”, concluiu.





