O Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar (CATAA) de Castelo Branco está envolvido num projeto inovador de biotecnologia azul celular que visa desenvolver alimentos marinhos sustentáveis a partir de células cultivadas de polvo. O projeto, designado CELLBLUE, representa uma abordagem pioneira em Portugal e pretende responder à crescente necessidade de produção alimentar sem aumentar a pressão sobre os ecossistemas marinhos.
Segundo o CATAA, “através deste projeto será possível o desenvolvimento de um método alternativo à pesca convencional e à aquacultura para a obtenção de alimentos de polvo, característicos da gastronomia portuguesa e também apreciados em mercados internacionais como o asiático”.
O CELLBLUE recorre a um processo biotecnológico emergente com elevado potencial de expansão para toda a indústria alimentar. O objetivo é criar um método sustentável de produção de produtos marinhos que preserve o sabor, a cor e a textura do polvo tradicional, mas com menor impacto ambiental.
Com um investimento superior a 1,2 milhões de euros e conclusão prevista para 30 de junho de 2028, o projeto é promovido pelo CATAA em parceria com a Cell4Food – Cellular Culture, S.A, a Associação Colab4Food – Laboratório Colaborativo para a Inovação da Indústria Agroalimentar, a Universidade Católica Portuguesa e a Sense Test – Sociedade de Estudos de Análise Sensorial a Produtos Alimentares.
O CATAA, sediado em Castelo Branco, é uma associação privada sem fins lucrativos dedicada à investigação, desenvolvimento, inovação e transferência de conhecimento no setor agroalimentar. Dispõe de unidades laboratoriais nas áreas da físico-química, microbiologia, biologia molecular e análise sensorial, bem como de unidades tecnológicas especializadas em lácteos, cárneos, azeites e hortofrutícolas.
Através do projeto CELLBLUE, o centro reforça a sua missão de promover a inovação científica e tecnológica ao serviço da sustentabilidade, contribuindo para o futuro da alimentação e para a preservação dos recursos naturais.





