João Leitão é pintor e é natural da Mata, Castelo Branco. Viveu várias décadas no Brasil mas regressou à sua terra natal para fazer aquilo que mais gosta.
Como começou o seu interesse pela pintura?
O meu interesse pela pintura começou aos 16 anos, ao visitar os artistas de rua na Place du Tertre, em Montmartre – Paris. A partir desse dia, fiquei apaixonado pela pintura em tela.Voltava todos os fins de semana com o maior entusiasmo para aprender arte plástica com esses artistas, ao ponto de fazer parte da família dos artistas de Paris.
Quais foram as principais influências no seu percurso artístico?
As principais influências no meu percurso artístico foram os impressionistas.
Recorda-se da sua primeira obra e do que significou para si?
A minha primeira obra foi um desenho de um cavalo, que me permitiu ganhar o primeiro lugar no concurso do liceu.Tinha 14 anos e frequentava o ensino secundário no liceu em Paris. Foi o meu professor de desenho que me incentivou a concorrer.Fiquei orgulhoso de o meu desenho ter ganho.Ter ganho o concurso, além da satisfação pessoal que senti e de usufruir do prémio atribuído, que consistia em material didático e livros, permitiu-me acreditar que teria capacidade para fazer melhor.
Como descreveria o seu estilo de pintura?
Descrevo o meu estilo de pintura como impressionista e arte abstrata.
Que temas ou sentimentos mais gosta de transmitir através da sua arte?
Os temas ou sentimentos que mais gosto de transmitir através da minha arte são: Paisagens, monumentos, casarios, retratos a lápis e carvão.Beleza, emoção, sentimentos, delicadeza.
Que técnicas ou materiais prefere utilizar e porquê?
As técnicas que prefiro utilizar são: Pincel, espátula, esponja e outras técnicas.
Os materiais que prefiro utilizar são: Tinta acrílica, tinta a óleo, carvão, lápis, pastel seco, etc.
Já expôs em várias localidades — qual foi a exposição mais marcante até hoje?
Fiz várias exposições de rua, em França, Suécia e Brasil.
Em Portugal: Exposição privada em Penamacor – 20 e 21 de dezembro de 2023.Exposição na Sala do Arco do Bispo em Castelo Branco – As Cores do Mundo, de 11 de março a 30 de abril de 2024. Exposição na Sala da Nora em Castelo Branco – Sou o que Pinto, Sou o que Desenho, de 4 a 27 de maio de 2024. Exposição no Centro Artístico de Castelo Branco – de 23 de fevereiro a 1 de março de 2025.Exposição na Sala da Nora em Castelo Branco – Sob o Céu / Olhares, de 4 a 27 de abril de 2025.
A exposição mais marcante até hoje foi: A exposição privada em Penamacor. A exposição solidária para ajudar uma organização que apoia os autistas em Florianópolis – Brasil, em setembro de 2019.
Como tem sido a receção do público às suas obras?
A receção do público às minhas obras tem sido muito boa.
Tem algum projeto futuro ou exposição que gostaria de destacar?
Continuo a trabalhar para futuras exposições.
Sendo natural da Mata (Castelo Branco), de que forma a sua terra natal influencia a sua arte?
A minha terra natal influencia a minha arte na medida em que tenho uma profunda ligação às minhas origens: à terra, às pessoas e ao meio rural.Apesar de ter vivido mais de 60 anos fora do país, sempre voltei e com o sonho de regressar definitivamente para a minha Mata, onde sinto paz, harmonia, tranquilidade e inspiração, e onde posso dar asas à minha criatividade.
Que mensagem gostaria de deixar aos jovens artistas da região que estão a começar?
A mensagem que gostaria de deixar aos jovens artistas da região que estão a começar é: persistência e muito trabalho.