A Iniciativa Liberal de Castelo Branco acusa o executivo do Município albicastrense, liderado pelo socialista Leopoldo Rodrigues, de recorrer a um “padrão de oportunismo eleitoral”, ao preparar-se para aumentar de forma expressiva os subsídios atribuídos a associações locais num ano marcado pela realização de eleições autárquicas.
Segundo os dados divulgados pelos liberais, o montante previsto para este ano ronda os 6,4 milhões de euros, valor que a IL considera excessivo e politicamente motivado. O partido relembra que esta prática já se verificou em 2021, quando, a apenas dois meses das eleições, o então presidente José Augusto Alves — atual candidato pela coligação “Sempre por Todos” — autorizou 2,6 milhões de euros em apoios em apenas 64 dias, o que representou quase metade da verba total desse ano.
“É inaceitável que as associações do concelho sejam usadas como instrumentos eleitorais. Estes apoios são fundamentais para o dinamismo cultural, social e desportivo de Castelo Branco, mas devem ser geridos com transparência, previsibilidade e justiça — não como moeda de troca eleitoral”, defende José Henriques, candidato da IL à presidência da autarquia.
A Iniciativa Liberal considera ainda incoerente a postura do Movimento Sempre, que hoje critica uma prática que o seu próprio candidato terá protagonizado enquanto esteve no cargo. “Não se pode levar a sério quem condena hoje aquilo que fez ontem. Esta duplicidade mina a confiança dos cidadãos”, sublinha José Henriques.
Outro dos pontos apontados pela IL prende-se com a falta de acompanhamento da autarquia após a atribuição dos fundos. O partido acusa o município de não fiscalizar a aplicação dos apoios, permitindo que associações sem prestação de contas beneficiem em detrimento das que cumprem os objetivos. “É fundamental premiar o mérito e penalizar o incumprimento”, acrescenta o cabeça de lista liberal.
