O movimento independente SEMPRE apresentou esta segunda-feira uma análise crítica à prestação de contas de 2024 da Câmara Municipal de Castelo Branco, acusando o atual executivo de não ter concretizado as promessas feitas no início do mandato. Em conferência de imprensa, o movimento apontou o que considera ser um “cenário de profunda estagnação” e uma governação “sem medidas estruturantes”.
De acordo com a avaliação do movimento, liderado por eleitos independentes no concelho, os documentos oficiais revelam que 2023 registou o “nível de investimento mais baixo do século”, comprometendo a execução de projetos estruturais e o desenvolvimento do município. A leitura política que resulta da análise à execução orçamental e ao plano de investimentos é clara: “o Presidente da Câmara, Leopoldo Rodrigues, não cumpriu com as suas promessas eleitorais”.
Entre os exemplos citados pelo movimento estão várias obras e projetos que, segundo afirmam, não conheceram qualquer avanço relevante. Destacam-se a ausência de intervenção na Zona Histórica, a reabilitação de centenas de habitações, a construção da Barragem do Barbaído, o atraso na implementação da Ecopista Alcains–Cebolais–Retaxo, bem como a inexistência de progressos na criação da Residência de Estudantes e nas instalações do Tribunal Central Administrativo.
“O contraste entre a comunicação política do executivo e a realidade no terreno é flagrante. Prometeram-se intervenções de fundo que nunca passaram do plano retórico”, afirmou Luís Correia, considerando o atual mandato como “desolador”.
O movimento “SEMPRE” sublinha ainda que “nada de estruturante ou diferenciador foi ou será concretizado”, classificando a governação municipal como “frustrante” e marcada por “ausência de visão estratégica”.
